domingo, 21 de agosto de 2011

A arte de Ouvir

"Onde quer que te encontres, de uma ou de outra forma, despertarás o interesse de alguém.
Algumas pessoas poderão arrolar-te como antipático e até buscarão hostilizar-te.
Outras se interessarão por saber quem és e o que fazes.
Inúmeras, no entanto, te falarão, intentando um relacionamento fraterno.
Cada qual sintonizará contigo dentro do campo emocional em que estagia.
Como há carência de amigos e abundância de problemas, as criaturas andam a cata de quem as ouça, ansiando por encontrar compreensão.
Em razão disso, todos falam, às vezes simultaneamente.

Concede, a quem chega, a honra de o ouvir.
Não te apresses em cumulá-lo de informações, talvez desinteressantes para ele.
Silencia e ouve.

Não aparentes saber tudo, estar por dentro de todos os acontecimentos.
Nada mais desagradável e descortês do que a pessoa que toma a palavra de outrem e conclui-lhe a narração, nem sempre corretamente.
Sê gentil, facultando que o ansioso sintonize com a tua cordialidade e descarregue a tensão, o sofrimento...
No momento próprio, fala, com naturalidade, sem a falsa postura de intocável ou sem problema.
A arte de ouvir é, também, a ciência de ajudar."


Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 17. LEAL. (via Estudo da Doutrina Espírita)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sinais

"Sua conversação dirá das diretrizes que você escolheu na vida.
Suas decisões, nas horas graves, identificam a posição real de seu espírito.
Seus gestos, na luta comum, falam de seu clima interior.
Seus impulsos definem a zona mental em que você prefere movimentar-se.
Seus pensamentos revelam suas companhias espirituais.
Suas leituras definem os seus sentimentos.
Seu trato pessoal com os outros esclarece até que ponto você tem progredido.
Suas solicitações lançam luz sobre os seus objetivos.
Suas opiniões revelam o verdadeiro lugar que você ocupa no mundo.
Seus dias são marcas no caminho evolutivo. Não se esqueça de que compactas assembléias de companheiros encarnados e desencarnados conhecem-lhe a personalidade e seguem-lhe a trajetória pelos sinais que você está fazendo."

Chico Xavier, na obra Agenda Cristã, ditado por André Luiz. (via Estudo da Doutrina Espírita)

terça-feira, 5 de julho de 2011

A vida é da cor que a gente pinta...

Os homens ainda não se conscientizaram da sua própria importância no ciclo da vida terrena. Queixam-se, lamentam e exigem, mas a realidade é bem outra, ou seja, queixam-se de tudo o que lhes fazem e pelas aflições que passam, considerando-as sempre injustas; lamentam e não se dão conta que nada fazem para modificar situações que poderiam ser transformadas, e exigem receber o que não se preocupam em dar para o outro.
Esquecem-se que todos os dias são testados pela vida; se desistirem, nenhum fruto hão de colher; mas se, ao contrário, persistirem na tentativa de construir uma vida melhor para todos que estão à sua volta e para si mesmos, alcançarão êxito.
Correm desesperadamente atrás da felicidade com que sonham, e não sabem que a felicidade é subordinada ao que fazemos dela.
Somos nós mesmos que a criamos através de atitudes, pensamentos, sentimentos e conscientização de que ser feliz não é positivamente ter tudo, mas desejar menos.

(...)
O bem e o mal não vêm de fora, mas de dentro do ser. Todos vivem dentro do mesmo conceito de vida; sofrem intempéries, perigos, medos e aflições, mas nem todos se comportam da mesma maneira. Enquanto alguns lamentam, outros nas mesmas condições descobrem belezas e as oportunidades concedidas por Deus e são felizes.



Trecho extraído do livro "Quando chegam as respostas" pelo espírito Irmão Ivo com a psicografia de Sonia Tozzi. Recomendo a leitura, é uma obra excelente e super esclarecedora =)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lucrará Fazendo Assim

"Reconforte o desesperado. Você não escapará as tentações do desânimo nos círculos de luta.
Levante o caído. Você ignora onde seus pés tropeçaram.
Estenda a mão ao que necessita de apoio. Chegará seu dia de receber cooperação.
Ampare o doente. Sua alma não esta usando um corpo invulnerável.
Esforce-se por entender o companheiro menos esclarecido. Nem sempre você dispõe de recursos para compreender como é indispensável.
Acolha o infortunado. Nem sempre o céu estara inteiramente azul para seus olhos.
Tolere o ignorante e ajude-o. Lembre-se de que há Espíritos Sublimes que nos suportam e socorrem com heróica bondade.
Console o triste. Você não pode relacionar as surpresas da própria sorte.
Auxilie o ofensor com os seus bons pensamentos. Ele nos ensina quão agressivos e desagradáveis somos ao ferir alguém.
Seja benévolo para com os dependentes. Não se esqueca de que o próprio Cristo foi compelido a obedecer."


Chico Xavier - Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz. 

sábado, 2 de abril de 2011

Casamento e União Estável à Luz do Espiritismo

Artigo interessante que vi no blog Espiritismo & Direito e compartilho aqui com vocês!

Série Ramos do Direito:

Casamento e União Estável à Luz do Espiritismo

Até a promulgação da Constituição Federal de 1988, a legislação brasileira sempre se restringiu a considerar o casamento como única forma de união conjugal civil. Isto ocorria mesmo diante de uma evolução social que tinha já como parte dos costumes o convívio de pessoas não casadas como se fossem marido e mulher, formando inclusive famílias.

Foi quando esta evolução verificada na sociedade, por cujo reconhecimento vinha se verificando uma tendência dos tribunais em admitir e reconhecer efeitos civis, acabou encampada pela ordem jurídica. Atento às transformações na sociedade e nos costumes, o Poder Constituinte de 1988 preocupou-se em consolidar a evolução jurisprudencial e acelerar o acolhimento legislativo como entidade familiar da união estável entre o homem e a mulher (226, § 3º da CF/88).

Fundada em projeto elaborado pelo Prof. Álvaro Villaça Azevedo, a Lei 9.278/96 veio regulamentar definitivamente o art. 226, § 3º da CF, sendo que esta já fora precedida pela L. 8.971/94, norma que se apresentava insuficiente para regulamentar a matéria. Finalmente, o Código Civil de 2002 veio dispor em seu artigo 1723 ser reconhecida a união estável entre um homem e uma mulher configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. Além disso, ao longo de toda a referida codificação, o legislador equiparou os efeitos civil da união estável ao casamento, inclusive para fins patrimoniais e hereditários.

Pois bem! Ao contrário do que muitos possam imaginar, esta gradativa perda de prestígio do casamento e fortalecimento da união estável como forma de consórcio conjugal está plenamente em consonância com a idéia de que as leis humanas são imperfeitas, mas evoluem através dos tempos, aproximando-se cada vez mais das leis divinas ou naturais.
Vale citar aqui importante passagem extraída do capítulo XXII de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", abaixo transcrita nas palavras que tocam ao assunto aqui focado:
"Só é imutável o que vem de Deus, tudo quanto é obra humana está sujeito a mudança.
As leis da natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os Países. Mas as leis humanas mudam com os tempos, os lugares e o progresso da inteligência.
No casamento o que é de ordem Divina é a união dos sexos para operar a renovação dos seres que morrem. Mas as condições que regulam esta união são de tal modo humana, que não há em todo mundo e mesmo na Cristandade, dois países em que sejam absolutamente as mesmas e mesmo um em que elas não tenham sido modificadas com o tempo.
Disso resulta que para a lei civil o que é legitimo num país e numa época, é adultério noutro país ou noutra época, e isto porque a lei civil tem por objetivos regular os interesses das famílias, os quais variam com os costumes e as necessidades locais.
É assim que em certos países o casamento religioso é o único legitimo, enquanto noutros basta o casamento civil.
Mas na união dos sexos, ao lado da lei Divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei Divina imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral, que é a LEI DO AMOR".
Deve-se obtemperar,contudo, que nem toda união conjugal se estabelece sob as bases da Lei de Amor. É o que se revela na classificação das espécies de casamentos desenvolvida por Martins Peralva (livro "Estudando a Mediunidade"), quais sejam:

1) Afins: aqueles entre espíritos simpáticos, em que se verifica uma legítima afeição, que sobrevive à morte do corpo e perdura ao longo de diversas encarnações.

2) Transcendentais: uniões entre almas dotadas de grande nobreza, que se juntam para se dedicar a obras de relevante valor para a Humanidade.

3) Provacionais: é estabelecida entre almas mutuamente devedoras, que reencarnam comprometidas a expiarem juntas faltas do passado e, pelo convívio, aprenderem os valores da paciência, da tolerância e da resignação. Modalidade de união mais comum no plano terreno, está retratada no capítulo 14, item 5 do livro "Ação e Reação", quando André Luís narra o caso do casamento provacional dentre Ildeu e Marcela.

4) Sacrificiais: uniões entre espíritos em que se faz evidente uma grande diferença evolutiva entre si, nas quais um espírito mais evoluído assume a tarefa de colaborar no progresso espiritual de outra alma menos evoluída.

5) Acidentais: consórcios não programados no mundo espiritual, assumidos apenas em decorrência de atrações físicas, sem quaisquer laços espirituais ou mútua afeição.

Como se vê, por trás das leis civis que obrigam ou não ao casamento civil ou religioso, há muito mais do que a superficialidade de papéis e convenções jurídicas. O que vale mesmo é a união de duas almas perante as leis de Deus, seja por amor, seja por provação,

Dessa forma, a lei brasileira que passou a acolher a união estável está plenamente de acordo com a Lei Divina ou Natural. É apenas uma nova forma que se encontrou para a legislação civil humana reger como se constituirão as famílias dentro da sociedade.

Claro que aqui se fala da união entre duas pessoas livres e desimpedidas, o chamado comcubinato puro, ficando o comcumbinato impuro, sinônimo de adultério, para ter suas consequências legais e espirituais discutidas em uma outra oportunidade.

Portanto, casamento civil, casamento religioso ou união estável são nomenclaturas ou títulos jurídicos de somenos importância perante a relevância da união afetiva ou conjugal na senda das leis do Amor e da Reencarnação.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ninguém é vítima

A vida é amorosa, sábia, perfeita. Jamais permitiria uma injustiça.
- Não é isso que nos parece neste mundo.
Parece, mas não é. Falta-nos conhecimento para poder avaliar adequadamente. Mas, acreditando que o universo é perfeito, que foi criado por um Deus que não erra, chegaremos a esta conclusão.
- Vemos tanta gente boa sofrendo... é difícil entender.
É verdade. Mas nossos conceitos de bondade estão limitados pelas regras da sociedade e na maioria delas os verdadeiros valores da alma estão invertidos. Nossa cabeça está cheia de regras e costumes que variam de país a país, o que prova sua precariedade.
- Como poderemos entender melhor?
Acabando com os preconceitos. Valorizando o que sentimos, aprendo a ouvir nossa alma.
Usando o bom senso. Descobrindo nossas qualidades mas olhando nossos pontos fracos sem medo. São eles que determinam os desafios que a vida vai nos trazer.
- Conhecer nossas fraquezas não vai nos levar à depressão?
Não se fizer isso sem culpa e desejar fortalecer esses pontos.
- De que forma?
Dando-se força. Jamais se criticando ou ficando contra você.
- A culpa é difícil de carregar.
Se dramatizar, sim. Mas, se olhar para um erro pensando em não o cometer de novo, se livrará dela e aproveitará a lição. Entendeu?
- Sim.
Olhando a vida dessa forma, tudo fica mais fácil.

(Trecho do livro Ninguém é de Ninguém, da Zíbia Gasparetto)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nunca nos arrependeremos...

"Nunca nos arrependeremos: 
De ceder em questões sem valor essencial; 
De guardar paciência em quaisquer lances difíceis; 
De usar indulgência para com as faltas do próximo, entendendo que todos temos erros a corrigir; 
De ouvir atenciosamente, seja a quem for; 
De reconhecer que o nosso pensamento ou cultura tem as suas limitações; 
De observar que o nosso tipo de felicidade nem sempre é o tipo de felicidade das pessoas que amamos, competindo-nos, por isso, acatá-las como são, assim como desejamos ser respeitados como somos; 
De admitir que os outros não são obrigados a pensar com a nossa cabeça; 
De não agir contra a própria consciência, seja antes, durante ou depois das experiências que consideramos menos felizes; 
De entregar à bondade de Deus as aflições e problemas que estejam fora da nossa capacidade de solução; 
De servir sempre."

Albino Teixeira - Livro Encontro de Paz - Psicografia Chico Xavier